sábado, 26 de novembro de 2011
Leo Iulius Caesar Octavianus Augustus.
Por: Mike Torres, de Recife.
Quando os comandantes de uma nação ainda iam a uma guerra, os súditos que ficavam a esperar ansiosamente pelo seu regresso, preparando comemorações, roendo unhas. Os herois retornavam com a glória e os despojos, o butim. O povo exultava em júbilo. O império era uma festa só.
Neste sábado, 26 de novembro de 2011, passados tantos anos após a Antiguidade, um império também está em festa. Os súditos de um certo rei, senhor maior de toda uma região, erguem aos céus seus gritos de exaltação e felicidade.
Sem maiores devaneios, o Leão pernambucano, o Sport Club do Recife, está de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído. Opa, clichê... clichê não é recomendado pelos manuais redacionais. Só que neste momento isso não importa. A nação rubro-negra do Recife merece todos os clichês do mundo.
Pelas ruas da capital pernambucana, só alegria. Pelas ruas de Goiânia, entre aqueles que acompanharam a Realeza na batalha campal predomina o brilho no olhar e o sorriso escancarado. O Leão da Praça da Bandeira voltou, voltou impávido colosso, voltou altivo, voltou rugindo, voltou mostrando as garras quando parecia abatido.
Malas, malinhas, maletas, mochilas, valises de dinheiro foram enviadas ao adversário do Sport, um outro felino, mas que não possui sangue real como o leão pernambucano. O Tigre goiano, alcunha do Vila Nova, já estava destroçado, desdentado, sem suas garras. O treinador Roberto Cavalo escalou um time misto de reservas e juniores, e conseguiu fazer bonito no inundado campo do Serra Dourada, segurando o ímpeto do time recifense, que apresentava um fraquíssimo futebol.
Culpa da chuva? Muita pressão por conta da invasão da torcida? Vai saber...
Depois de várias chances de gols perdidas, depois de muito a bola parar nas enormes piscinas formadas no gramado, depois de uma lesão logo no início do jogo de Roberson, enfim a consagração. Bruno Mineiro, que cansou de ser o salvador de jogos impossíveis neste ano, saiu do banco para, de cabeça, enfiar a bola entre as pernas (uêpa!!!!) do goleiro do Tigre. 1 x 0, que servia para tirar o sufoco do resultado entre Duque de Caxias e Boa Esporte, que estava se classificando com o empate rubro-negro.
O Duque diminuiu, e pouco depois empatou, o que facilitou ainda mais a vida dos rubro-negros, até porque os jogos de Vitória, Bragantino e Americana estavam sendo favoráveis aos pernambucanos. A partir daí foi só esperar Heber Roberto Lopes dar o apito final e invadir o campo para comemorar.
O coroado rei venceu a batalha no último minuto. Não poderia ser mais emocionante. Parabéns a todos da realeza e aos súditos também, merecem e muito. Força Leão, força, rubro-negros! A Série A vos espera!
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