quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Mais uma novela?

Volante cria novamente impasse para renovar com o Leão.



Por Mike Torres.


Hamilton. Jogador de reconhecida qualidade, volante pegador, firme, marcador de rara precisão. É também conhecido como criador de problemas. Chegou ao Sport em 2006, com o status de segundo melhor marcador do campeonato sergipano, junto com Michel, o referendado como primeiro lugar nessa questão. Só que Hamilton se deu melhor no Leão, pois virou titular e não demorou para ter seu nome ecoado por toda a torcida na Ilha do Retiro, enquanto seu colega de posição foi relegado ao esquecimento no banco de reservas, ou às vezes nem isto. Ao fim daquele ano saiu da Praça da Bandeira e foi jogar na Turquia, fazer seu pé-de-meia.

Em 2008 voltou a Pernambuco, mas foi para o maior rival do Sport, o Náutico, e foi um dos responsáveis a evitar a queda do alvirrubro à Segunda Divisão naquele campeonato. Entretanto, na última partida, que poderia definitivamente salvar o Timbu, alegou uma lesão no joelho e não viajou para Santos, arrumando assim inimizades dentro do clube, já que nenhum problema fora encontrado em exames clínicos. Com isso, Hamilton foi demitido. 

Em 2009 o Sport iria disputar a Libertadores da América depois de 20 anos e o volante alagoano foi admitido como grande reforço para a competição, e assim formou dupla de cabeça-de-área com Daniel Paulista, constituindo um grande ferrolho à frente da zaga. Ao fim do ano, Sport com campanha pífia no Brasileiro, Hamilton promove impasse em renovação e novamente parte para o Náutico, onde também se destaca mais uma vez por sua qualidade técnica. De novo no clube alvirrubro, não impede o penta do Sport, mas tem atuações destacadas, porém novamente cria clima e sai pelas portas dos fundos dos Aflitos. 

Volta para o Leão em 2011, alterna bons e maus momentos, e não consegue o Hexa para o clube, mas continuou titular absoluto.

Este foi seu histórico até agora. O ano chega ao fim e novamente Hamilton cria um embróglio para sua renovação. O presidente Gustavo Dubeux sentou com o empresário do atleta para uma negociação de valores de luvas e salário. Tudo isto foi acertado de comum acordo, mas a parte do atleta na questão só quer renovar por 2 anos, enquanto o clube quer a metade, por pregar uma política de não mais fazer acordos longos com jogadores acima de 24 anos.

Até um tempo atrás ele só queria saber de contratos curtos. Agora, com a idade chegando e o futebol diminuindo, anseia por algo mais duradouro, que lhe dê certa segurança e estabilidade. Resta saber se seu custo-benefício será razoável para o Sport. Jogador acima da média, sim, mas cuja dependência que o Sport tem dele às vezes não é salutar. Há outros jogadores tão bons quanto Hamilton no mercado, a exemplo do próprio Michel, que desde 2007 vem se destacando e muito no meio-campo do Ceará. Basta correr atrás.

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